RINDO DA ESTUPIDEZ HUMANA

quarta-feira, 29 de julho de 2009

A vida no Japão


Brasileiros que vão trabalhar no Japão sofrem? Sim. Inúmeras lendas sobre o que acontece no Japão fazem parte do folclore brasileiro. Muitas horas-extras, meses sem comer carne e salários desiguais para homens e mulheres fazem parte das histórias dos que vão e vem.

Os que ficam costumam se gabar para os amigos dos parentes que vão:

- Meu pai é engenheiro. Arrumou trabalho junto à diretoria da Sony no Japão e vai ficar cinco anos por lá.
- Que legal. E o que seu pai faz?
- Lava a privada dos executivos.

- Meu pai trabalha com reciclagem no Japão.
- Que legal. Faz parte de alguma Ong?
- Não, pega papelão na rua.

E assim é a vida dos dekasseguis (termo japonês para quem sai de sua terra para trabalhar temporariamente em outro lugar). Esses brasileiros ralam (e muito) para conseguir juntar dinheiro. Com a atual crise, o desemprego está crescendo por lá e muitos estão voltando. Até a economia se normalizar, eles se mantém com o dinheiro que ganharam do outro lado do mundo. Repararam que aumentou o número de quitandas, tinturarias, feirantes, pastelarias, etc...?

sábado, 25 de julho de 2009

Amostra do meu livro de Crônicas

Estarei lançando no final de agosto um livro de crônicas chamado “Rindo da Estupidez Humana”. São histórias de humor, com leitura rápida, ao estilo de Veríssimo e Mário Prata. São situações que, ao ler, a pessoa logo se identifica.

Aos interessados, estarei na Bienal do Livro (no Rio esse ano), no espaço da Editora All Print.

Segue abaixo uma das crônicas publicadas.


Aprendendo a falar


Domingão. O pai está assistindo ao jogo de futebol pela televisão. No chão, brincando com alguns carrinhos, está seu filho de dois anos de idade. A mãe está arrumando a cozinha.
Empolgado com o jogo e, por alguns momentos, esquecendo da presença do menino, o chefe da casa solta um grito:
— Seu idiota! Está dormindo?
— Indiota, indiota, indiota... - a criança começa a repetir.
— Feliiiipe...
— Desculpa, escapou.
Mas não demora muito para ele se empolgar outra vez:
— Merda de jogo cretino!
— Melda, cletino, melda, cletino melda, melda... - a criança repete mais uma vez. O rei do lar encolhe os ombros o máximo que consegue, aperta os olhos e espera:
— Felípe! Tenha santa paciência!
— Ah... desculpa... mas a culpa é desse time de...
— Ãhãn!
— Jogadores... (ufa!).
Alguns minutos depois...
— Juiz filho da puta!
— Puta, puta, puta...
O pai morde o lábio e olha para o filho com uma cara de “ai meu Deus”.
— Felipe! Não está vendo que ele repete tudo o que você fala?
— Tudo não – tenta se defender – Na frase “seu idiota! Está dormindo”, ele só repetiu “idiota”. Já na frase “merda de jogo cretino”, só repetiu a primeira e a última palavra. Agora, na “juiz filho da puta”, só repetiu a última. Por que ele não repetiu “juiz” ou “jogo”?
— Ah, pára de inventar história! Como você é neurótico!
— Neurótico nada! Algo está... Já sei! Ele está se vingando de mim! Eu o obriguei a comer pepino com beterraba e agora ele está fazendo isso comigo! Está a fim de me ferrar!
— Felar, felar, felar...
O pai olha para o filho. Surge um tique no olho. A veia da testa incha. Cai uma lágrima de seus olhos e ele escuta:
— FELIPE!!!!
— desculpa.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Mais da Gripe Suína

Você já está cansado de ler sobre a Gripe Suína? Se sim, não posso fazer nada. É sobre isso que vou escrever hoje.

Quando o México começou a exportar suas famosas novelas, todos nós imaginamos que mais nada de horroroso poderia surgir desse país. Como podem ver, realmente nada supera isso, mas a Gripe Suína (H1N1) chega perto.

Depois de muito blá blá blá das autoridades para não nos preocuparmos, que estava tudo sob controle, decidiram mudar o discurso. Você, caro leitor, já pode entrar em pânico. Tá tudo descontrolado. Ninguém mais tem sossego em lugar algum. Eis alguns cuidados que devemos tomar no dia-a-dia:
• Para entrar em banheiros públicos, usar um papel para girar a maçaneta (mas não temos que pegar esse papel dentro do banheiro?);
• Colocar a mão na boca quando espirrar (por que? Antes espirrávamos uns nas caras dos outros?);
• Lavar bem as mãos (ah, é que antes dessa gripe, não precisava).

Nem a igreja ficou de fora. Os fiéis já não podem mais dar as mãos ao rezar o “Pai Nosso” e estão procurando evitar os cumprimentos na hora da “Paz de Cristo”. Se até a igreja está com medo, então é o fim do mundo. Acabou.

Já que não podemos dar as mãos, nem falar de perto, nossa única chance de sobreviver é usar aquelas roupas anti-radiação. Aí você, preocupado com coisas mais importantes como a moda, me fala: mas essas roupas são muito feias. E você acha que as indústrias de confecções vão perder essa boquinha? Já existem até modelos prontos para chegar às lojas. Veja você mesmo:



Abraços.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Os originais que Sipphone


A China é um dos países que mais crescem no mundo. Os mais variados setores apontam um desenvolvimento bem acima da média. Como não poderia deixar de ser, os produtos piratas pegam carona nessa excelente fase em que o país se encontra.

Os produtos são dos mais variados: desde eletrônicos até roupas e sapatos. DVDs em homenagem a Michael Jackson já corriam o mundo um dia após sua morte. Tem noção do que é isso? O negócio é tão tenebroso que 80% dos produtos piratas vendidos no Brasil vem da China.

Aficionados pelo Iphone (famoso celular faz-tudo da Apple) que não tem dinheiro para comprá-lo, recorrem a um aparelho paralelo, semelhante ao desenvolvido por Steve Jobs. Dentre as muitas diferenças entre ambos, as que mais se destacam: o valor (R$ 399 contra R$ 1.999,00) e a opção de poder utilizar dois chips de operadoras diferentes ao mesmo tempo.

Diferenças a parte, o que mais chama a atenção nesses celulares é o nome. O original: “Iphone”. Os piratas: "Tiphone", "Miphone" e "Sipphone". Será que só eu vejo graça nisso? É uma piada pronta. Você me pergunta: “qual desses aparelhos você gostaria de ter?” Eu respondo: “Com certeza o Tiphone. Esse negócio de Miphone é coisa de baitola.” Quem inventou esses nomes, que Sipphone.

Abraços.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O homem na Lua


Os anos 60. Os anos dourados. A inauguração de Brasília. A queima dos sutiãs. A década dos Beatles, do Iê Iê Iê e do Rock and Roll. A cultura hippie. A TV em cores no Brasil. A popularização do biquíni. Jânio Quadros e John F. Kennedy O regime militar. A Tropicália. Brasil bicampeão da Copa do Mundo. Caramba! Quanta coisa aconteceu nessa época! Só faltava o homem pisar na lua...

O presidente americano John F. Kennedy sabia que aquela década seria a maior brasa, mora? Então ele falou, “cara, e se a gente chegasse na lua antes de terminar os anos 60? A gente fecharia com chave de ouro e ainta tiraria uma onda nos soviéticos. Tremendão!”.

E foi o que aconteceu. Hoje (20 de julho de 2009) faz quarenta anos que a Apollo 11 chegou em solo lunar. Conspirações à parte, este fato foi um dos mais impressioantes da história da humanidade. Olha a dimensão da coisa! Quanta tecnologia (que talvez, para os dias de hoje, não seja grande coisa) envolvida. Isso sem falar na coragem de Neil Armstrong, Edwin ‘Buzz’ Aldrin e Michael Collins. Esses caras são machos! Hoje em dia o computador faz tudo, ao contrário deles, que tinham que fazer tudo “na unha”.

Para os incrédulos que teimam em abraçar teorias conspiratórias (bandeira tremulando num lugar sem vento, sombras em ângulos e tamanhos diferentes com uma única fote de luz, etc.), os Caçadores de Mitos (Mythbusters) fizeram um programa só para vocês. Vejam:



Abraços

Ps: Você ainda leva na faixa o papel de parede da imagem acima. Ela está com resolução 1024x768.

sábado, 18 de julho de 2009

Um novo começo

Hoje (18 de julho de 2009) dou inicio ao meu novo Blog. Para os que já conhecem meu trabalho, será um complemento para troca de idéias, de informações, papo cabeça, papo solto e o que mais nos interessar. Assuntos dos mais variados temas: desde artes (música, cinema, teatro, etc), passando por tecnologia, até assuntos relevantes do nosso cotidiano, entre outros. Para os que ainda não conhecem, aqui está uma boa oportunidade de você se informar, opinar e se divertir.


O objetivo desse blog é abordar assuntos de uma forma bem humorada, com uma linguagem fácil e rápida. Como um bate papo: pa daqui pa daí.

De vez em quando disponibilizarei algumas de minhas crônicas. Para quem não sabe, escrevo crônicas sobre o cotidiano. São pequenas e divertidas histórias (para uma rápida leitura) de situações que, ou você já presenciou, ou ficou sabendo. São temas que você leitor se identificará e pensará: “caramba, isso já aconteceu comigo!”.


Bom, chega de conversa. Vamos partir para o que realmente interessa: conversa. Eu vou falando daqui e você, leitor, daí. E a gente vai se entendendo.


Abraços.